As tecnologias vestíveis estão entre os itens de consumo mais desejados no mundo inteiro. É cada vez mais comum ver notificações sendo conferidas no relógio de pulso, por exemplo. 

Conhecidos mundialmente como wearables, os dispositivos vestíveis são os equipamentos eletrônicos usados como peças de roupa ou acessórios, munidos de processadores próprios.

Mas, você sabia que elas podem ser também grandes aliadas do RH? Continue lendo e descubra como.

O que é tecnologia vestível?

O exemplo mais popular de tecnologias vestíveis são os smartwatches, também chamados de relógios inteligentes. Mas também podem existem pulseiras, anéis, peças de roupa, capacetes, óculos entre outros formatos.

Embora possuam processadores e sensores, a maior parte das tecnologias vestíveis dependem de outros dispositivos, como smartphones, processamento de dados e conexão com a internet ou por radiofrequência (RFID).

Demanda em expansão

Os sensores vestíveis são a próxima fase da revolução dos mobiles. Os números só reforçam essa tendência. Segundo projeções da Gartner, o crescimento da comercialização de tecnologias vestíveis neste ano deve ser superior a 25,8% em relação a 2018. Isso fará com que cheguem a mais de 225 milhões de aparelhos no mundo.

Ainda de acordo com a consultoria, os gastos com essas tecnologias devem ultrapassar os US$ 42 bilhões. Além disso, elas estão cada vez mais sendo utilizadas nos ambientes corporativos.

É o que diz outra pesquisa sobre o tema. O levantamento denominado de “Colocando Wearables para trabalhar: Insights sobre a Tecnologia dos Wearables em Negócios”, confirma o movimento entre profissionais.

Segundo os mais de 500 trabalhadores entrevistados, ela é considerada uma plataforma estratégica para aprimorar a performance. Sendo vista como um campo em crescimento para investimentos.

Para os pesquisadores a demanda pelos dispositivos vestíveis devem crescer 300% nos próximos dois anos. Já entre os entrevistados, 62% utilizam ou pretendem portar smartwatches no contexto corporativo no mesmo período. Entre aqueles que já utilizam a ferramenta, 76% acreditam que obtiveram melhoras em seu desempenho.

Outra pesquisa realizada pelo Credit Suisse, é ainda mais otimista sobre o crescimento desse mercado. De acordo com o estudo, a expansão será dez vezes maior em três anos. Hoje ela está entre US$ 3 e  5 bilhões.

Como as tecnologias vestíveis podem impactar o RH?

A gestão de pessoas será impactada pelos dispositivos vestíveis muito em breve. Diversas funcionalidades oferecidas pelos equipamentos podem facilitar a vida e melhorar o desempenho no RH. Confira alguns pontos a seguir:

Praticidade, produtividade e desburocratização

Em um primeiro olhar já é possível perceber que algumas determinadas tarefas que já vem sendo desempenhadas em dispositivos móveis ou desktops, pode ser feitas de forma mais simples e rápida. Desta forma, dá para ser mais produtivo em atividades como notificações, marcação e acompanhamento de pontos e visualização de comprovantes de pagamento. 

As tecnologias vestíveis, também, podem contribuir diretamente para desburocratizar as atividades e aumentar a produtividade. É possível utilizá-la para simplificar o atendimento ao colaborador, oferecendo ferramentas de autogestão. Afinal, essas tecnologias não melhoram apenas a produtividade dos colaboradores em suas atividades. Mas tornam sua rotina mais independente, desafogando a equipe de RH de funções operacionais.

Engajamento

Em pouco tempo as gerações Y e Z formarão a maior parte dos profissionais no mercado.Desta forma, soluções e ferramentas inovadoras podem ser um importante diferencial para engajar esse público. Mesmo que essa movimentação ainda demore algum tempo para se tornar uma realidade no dia a dia dos negócios, é fundamental que o departamento de recursos humanos esteja atento.

Monitoramento da saúde

Pode parecer ficção científica, mas os sensores vestíveis podem antecipar necessidades de substituição de colaboradores, mudanças de função ou mesmo evitando situações perigosas. Isso acontece pelo cruzamento dos dados obtidos com o monitoramento da saúde e do desempenho do trabalhador.

É um exemplo de situação em que a tecnologia ajuda todos a saírem ganhando. Pois, monitoramento melhora a sua gestão de pessoas, desenvolve a capacidade de evitar riscos durante a atividade e oferece suporte assertivo em momentos delicados. 

Embora possa parecer invasivo, uma pesquisa realizada no Reino Unido pela SHP, revelou que 45% dos profissionais não veem objeção em compartilhar esses dados por meio de dispositivos com a intenção de proteger a própria saúde e qualidade de vida.

Segurança do trabalho

Equipamentos de segurança e proteção individual (EPIs) podem ser equipados com transmissores e se comunicar com antenas. Quando relacionados a outros equipamentos de gestão e controle de acesso, potencializam a atuação do RH e do SESMT.

Identificando colaboradores com estes vestíveis – como capacetes e crachás -, a empresa bloqueia acesso a áreas de risco, por exemplo. Ou, no caso de acidentes, localiza facilmente quem foi exposto à situação e quem permaneceu em locais seguros/não afetados.

Comunicação

Simplificação e agilidade na comunicação são prioridades na gestão de negócios. O mobile foi uma verdadeira revolução na interação com colaboradores, sobretudo fora da empresa. Os dispositivos vestíveis podem ser um aprimoramento das ferramentas existentes, diminuindo tempo e esforços necessários para o desempenho das atividades remotas.

Treinamento

Tecnologias como os relógios e óculos inteligentes oferecem muitas alternativas em treinamentos e aperfeiçoamentos. Com elas, capacitação, realidade virtual e aumentada podem andar juntas.  

Wearable e o RH do Futuro

A transformação digital impactou, e vai continuar impactando, as relações de trabalho nas organizações. Nesse contexto de desenvolvimento em direção ao RH do Futuro a tecnologia é a responsável por impulsionar parte dessas modificações. É o que diz a pesquisa “High Impact HR”.

Muitos especialistas dessa área veem as tecnologias vestíveis como a próxima grande onda de inovação. Por elas estarem no início de seu desenvolvimento, quem sabe em breve elas cheguem aos crachás e EPI’s. Abastecendo ainda mais os RHs com informações valiosas.

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